terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bob Dylan: Nem gregos nem troianos!



O que você sente quando ouve as canções de Bob Dylan? As respostas são variadas. As definições também. Há quem seja fã do cara, mas ande com arrepios da fase “sem sal” do mestre. Desde os clássicos dos anos 1960 se espera sempre algo grandioso de Dylan, mas existe quem tema por uma entrega ao mercado do velho e histórico folkista.


“Passeia entre o chato e o sublime” diria um amigo meu (Zadinello). Outro já me confessou que o último disco fecha uma fase, que a partir de agora teremos um novo Robert Zimmerman. E é sobre este último disco que escrevo aqui. Together Trough Life produzido por Jack Forst foi lançado em abril, mas só agora aceitei o desafio de dar pitacos sobre o álbum. Escrever sobre Dylan requer muita calma e sorte para não falar bobagem. Mas usando do subterfúgio da opinião individual e intransferível vamos lá.

Together traz desde sua faixa de abertura uma proposta; aquele tipo de som para você aumentar o volume do player e curtir a imagem que a estrada pode proporcionar. Um blues comum, mas bem feito. Não identifiquei nenhuma receita mirabolante no blues, há não ser a deliciosa retomada às raízes.

Ao ouvir todo o disco você vai ficar com uma sensação de que existe uma influência mais marcada nessa obra. Bob Dylan traz em Together Trough Life muitos sinais de um de seus inspiradores. Howlin’ Wolf, um dos maiores blueseiros no meu entendimento. Essa aproximação de Dylan não é a primeira vez que acontece, o velho Robert sempre se alimentou muito de Wolf, Waters (Muddy) e de tudo que houve de bom na melhor fase da Chess Records.

Bob Dylan em Together Trough Life, marca seu 33° trabalho. Ele ainda consegue agradar os ouvidos de seus fãs, mas ainda falta alguma produção que seja tão eloqüente quanto ao nome do músico. Eu ainda espero que Dylan nos brinde com alguma canção para substituir Like a Rolling Stone do ipod da minha mãe. Enquanto isso não acontece, sem ser ranzinza vou curtindo os discos da fase contemporânea de Dylan.

Enquanto fechava esse texto me dei por conta que o 34° disco de Bob Dylan já deve estar correndo mundo (vazou na internet mês passado, salvo engano). Meu amigo Grings havia me alertado que na primeira quinzena de outubro deveria sair “Christmas in the heart”, mais uma obra para quem é fã, “trata-se de um disco natalino e beneficente. Toda a renda arrecadada com o álbum será repassada a entidades que doam alimentos a pessoas carentes.” Divulgou Grings no seu blog.

Fica a dica para o fim de ano. Dois discos do Bob Dylan.

Do Together gostei mais da faixa seis, “Jolene”. E você?

Você poderá ler este e outros artigos meus no site da Vitrola. A partir de agora, também darei pitacos culturais por lá. Acesse http://www.vitrola.com.br/

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

8º Pecado - Não blogarás depois do Twitter!


Depois que fui para o Twitter fiquei preguiçoso. Não consigo escrever algo para este blog. Estou pensando com apenas 140 carcateres.


Em breve consiguirei!!! Também em breve notícias sobre o fim do Vinil Rock Café e o meu destino... oh oh!!!

Abraço

Bob and Bruce

Salve. Segue mais um texto enviado por ouvinte e que faturou mais um pacote com os discos novos de Bob Dylan e Bruce Springsteen.


Ser alguém Rock and Roll virou moda. Foi algo de protesto, uma espécie de não para tudo. Não para fome, não para as guerras, não para tudo que o homem fez e faz de errado. Hoje vivemos uma fase do ciclo da humanidade em que não importa mais isso. Não temos ao certo o que reclamar. Nem o que ouvir. Vivemos na cultura pop em que uma mulher bonita e um cantor de rap são o sucesso. Esse é o nosso critério de bom. Mas não foi sempre assim. Nos anos 1960 dois caras começaram suas carreiras, como todos imitando algum antecessor. Duas histórias musicais impecáveis. Um é uma espécie de lenda viva, o outro um pagé de canções maravilhosas. Mestre Robert Zimmerman brinda aos ouvidos dos bons “degustadores” de música as suas composições sensacionais desde “Blowin in the wind (1963)” até 2."Life Is Hard (2009)". Por outro lado Bruce é o cara que mostra aos novatos como fazer coisas boas e evoluir sem se perder aos modismos. Até quem não gosta do tipo de som curte “Streets of Philadelphia (1994)” e desta maneira estaria apto a gostar de “Girls in the summer clothes (2008). Bob e Bruce anciões da música tal e qual o Carlos Eugênio no rádio. Velhinhos que mostram a gurizada como trabalhar com música com prazer, evolução e talento. Forte abraço



Arnaldo Recchia

Rock and Blues, domingo das 21 às 22 horas, na Itapema FM.

rb@itapemafm.com.br

Saudações, Cage Lisboa


http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&coldir=1&tp=10&template=3948.dwt&blog=162