segunda-feira, 11 de maio de 2009

Flores... Vejo flores em você!


Começando a gostar desse negócio de escrever sobre bandas locais. Impus-me a dedicar essas linhas à banda Rosa Negra. Um dos grupos mais antigos no cenário frederiquense que agora se desplugou e anda engatinhando com um projeto audaciosamente acústico.
Assisti três shows deles, incluindo a gravação do DVD, e de longe pode se perceber que a banda está no caminho, mas falta “entrosamento” entre alguns setores do sexteto.
A primeira observação cabe a nova vocalista – Nayara – uma excelente cantora com uma voz belíssima, mas falta a ela dizer a que veio. Não cai bem uma cantora não ter empatia com o público, é certo que ela é jovem e não tem nenhuma experiência de palco, mas isso precisa ser sanado urgentemente.
O primeiro show que assisti foi a estreia da nova formação e um repertório liso, linear. Volto a comentar a apatia no palco incomodou a mim e a muita gente que não entende nada de música, apenas gosta de curtir uma noite no pub.
O que me agradou recentemente foi o último show. Ah! Esse sim eu consegui ver algo mais na Rosa Negra. A primeira mudança foi a Nayara em pé dançando enquanto ungia a inveja de muitas cantoras ao entoar as canções. Isso melhora a presença de palco. Os caras tem um dos melhores bateristas do cenário local – Duda – a questão é que ele ainda não entrou no clima acústico e com algumas atravessadas no último show isso começa a se tornar notório.
Fernando Diude, figurinha fácil e carismática é responsável pelos teclados, mas apesar de toda sua empatia não me agrada ouvir nem o ver chamando as canções como “leader band”, penso que não pode ser dele esse papel.
A grande atração cômica da noite foi a volta de Gustavo Minuzzi aos vocais, ainda mais se levarmos em consideração que meia hora antes do show ele estava sem voz. O baixista rechonchudo além de formar uma dupla nos vocais com a Nayara foi mais além e mandou ver num Elvis Presley e Johnny Cash. A versão Elvis por ser muito excêntrica arrancou alguns risos da galera, mas ainda assim foi bom. Já “Hurt” com a voz rouca e grave do Minuzzi ficou muito boa. E tudo isso foi depois da galera se embalar com o hit dos anos noventa do Crash Test Dummies – Mmm.
Os caras fizeram um show bom. Longo e em alguns momentos um pouco cansativo. Sweet child ‘o mine ficou simplesmente linda e contagiante na versão da Rosa. Talvez seja a hora de repensar o repertório, porque na última canção foram impecáveis.
Para fechar tenho ouvido de alguns amigos – eu concordo – que a banda fica acima da média quando executa suas próprias canções, como o hit “Respostas”. Vale a pena a gurizada da Rosa pensar nisso.
Agora o negócio é esperar a chegada do DVD e ficar atento ao próximo show da nova fase da Rosa Negra agora Acústico.

Nenhum comentário: